quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Treinando crimes de guerra?


Misturar situações do mundo real com videogames costuma ser algo que causa uma imensa polêmica, invariavelmente colocando os gamers contra aqueles que não gostam dos jogos eletrônicos e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha está propondo algo que deve dar muito o que falar.

Em uma conferência realizada em Genebra esta semana, foi discutida a influência dos jogos na percepção das pessoas em relação a crimes de guerra e os organizadores defendem a ideia de que as desenvolvedoras devem respeitar as leis humanitárias nos games.

Enquanto o Movimento trabalha vigorosamente para promover a Lei Humanitária em todo o mundo, existe uma audiência de aproximadamente 600 milhões de jogadores que podem estar violando-a virtualmente,” dizia a descrição do evento, onde ainda podia ser lido: “Exatamente como os videogames influenciam os indivíduos é um tópico debatido calorosamente, mas pela primeira vez os parceiros do Movimento discutem nosso papel e responsabilidade em tomar ações contra as violações do DHI nos videogames. Em um evento paralelo, os participantes são questionados: ‘O que podemos fazer e qual o método mais efetivo?’”

Por enquanto não foi revelada a conclusão que os organizadores chegaram e embora a minha primeira reação ao saber do assunto seja de que o que presenciamos nos games não passa de ficção, ao ver o vídeo de divulgação do evento fiquei pensando nas milhões de pessoas que foram mortas ou mutiladas por minas terrestres e acho que o último exemplo, de um tanque de guerra explodindo uma ambulância apenas pela diversão serve para nos fazer pensar se nos games tudo é válido apenas por alia estamos fazendo algo “apenas pela diversão.”

Eu não acredito que o mundo se tornará um lugar menos violento caso esse tipo de jogo seja extinto, mas por outro lado, acho que é preciso ter haver um certo limite, se não por parte das desenvolvedoras, pelo menos que seja por parte dos jogadores, afinal, ninguém é obrigado a apertar o gatilho em “No Russian”, não é mesmo?



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